quinta-feira, 2 de junho de 2016

MÃES CULPADAS!

Sentimento de culpa a maioria das mães tem.  Sentem-se culpadas por algum motivo. Se ela trabalha fora, ela se culpa. Se o filho não tem sucesso na escola, ela se culpa. Porque elas passam menos horas com os filhos, se sentem ainda mais culpadas. Assim que o bebê nasce, também surge o sentimento de culpa da mãe. Desde o início, se algo não vai bem com a criança, ela se culpa!

A mãe da atualidade desempenha múltiplos papéis, muitas vezes são chefes de família, a enfermeira, a motorista, a educadora, etc  com isso vem junto uma carga muito grande e, muitas vezes, em função dessa carga a culpa se intensifica. As mães se cobram mais do que poderiam e deveriam.

Vivemos, na cultura da perfeição, as mães ficam buscando modelos nos outros, ficam se comparando com a imagem que as outras mães passam e buscando receitas de perfeição, mas esquecem de que ninguém é perfeito, muitas vezes, a ânsia de perfeição pode acabar pondo em risco o desenvolvimento dos seus filhos e o seu próprio equilíbrio.

Mães culpadas perdem o referencial e passam para o filho uma sensação de abandono por culpa da insegurança que sentem. Essas mães, muitas vezes, acabam gerando filhos ansiosos e inseguros, que querem ser perfeccionistas, que não podem errar e que, também, se culpam.

Uma criança não precisa de mãe perfeita, precisa de limites, precisa levar bronca e precisa de segurança, porém em nome dessa culpa, as mães têm deixado de educar os seus filhos. Ela não se sente no direito de desempenhar autoridade de mãe e passam a satisfazer as vontades do filho. Tendo em vista o pouco tempo para passar com a criança ela opta por não “brigar”, mas sim proporcionar apenas momentos de alegria. Assim sendo passa a ignorar algumas coisas erradas e a abrir mão de corrigir o filho, porque já se sente culpada.
Mãezinha, cuidado, afinal os filhos se edificam adultos, observando os pais. É possível amar e corrigir, essa culpa não é necessária. Não busque compensar o tempo, não há nada para compensar!
É possível combinar maternidade, trabalho, casal, amizades e a privacidade, sem culpa. Para isso você deve destinar sua atenção à qualidade das relações e ao vínculo com seus filhos, por exemplo: não pegar o celular enquanto está brincando, comendo ou vendo um filme com eles, destine esse tempo a eles, escute o que ele tem para dizer, curta esse momento dedicado a eles.

Dosando seu tempo, estabelecendo prioridade e respeitando suas limitações, você terá grandes chances de ser bem sucedida em tudo o que fizer, não será a mãe perfeita, ninguém será, mas será, sim, uma mulher de fibra que se esforça todos os dias para fazer o seu melhor, e podes ter certeza que será o suficiente para manter as coisas equilibradas. Trabalhar e ter hobbies faz parte da plenitude de uma pessoa e VOCÊ É MÃE, MAS TAMBÉM É UMA PESSOA.

Caso não consiga se libertar da sua culpa, busque ajuda de um profissional psicólogo(a) de sua confiança. Quando a gente se conhece profundamente descobrimos as razões de agirmos com culpa e passamos a mudar o comportamento e nos fortalecemos. Somos capazes de nos livrar de nossas culpas, com o autoconhecimento. 
(Matéria escrita para Revista DS - edição do dia das mães/2016 - Jornal Diário Serrano)

Psicóloga Joselaine Garcia
CRP/RS 18.433

Psicóloga Clínica 
Especialista em Hipnose Condicionativa
Especialista em Hipnoterapia  cognitiva
Pós Graduada em Docência Universitária

Membro do Latin American Quality Institute

Psicóloga laureada com diversos prêmios: Internacional, Nacional e Estadual 

CONSULTÓRIO 
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